Macrobrachium potiuna

Foto: Dr. Madson Silveira de Melo

O camarão de água doce Macrobrachium potiuna, popularmente conhecido como pitú, é um camarão de pequeno porte (máximo 5 cm de comprimento total) endêmico da fauna brasileira e importante para a manutenção de ecossistemas aquáticos. Esta espécie possui uma distribuição subtropical, do Estado da Bahia até o estado do Rio Grande do Sul, sendo encontrado em riachos de morros e encostas, com águas transparentes, fundo rochoso com corredeiras e rios costeiros com água escura e vegetação marginal.

M. potiuna foi descrita pelo naturalista alemão Fritz Müller em 1880 e desde então, vários estudos foram realizados para avaliar a sua biologia populacional e reprodutiva. Além disso, é um camarão de fácil manutenção e reprodução em laboratório, sendo ocasionalmente também utilizado como animal ornamental. Devido a sua fácil ambientação em laboratório, esta espécie vem sendo utilizada para se avaliar os efeitos citotóxicos de poluentes orgânicos em organismos adultos.

No LRDA avaliamos os efeitos da exposição a herbicidas à base de glifosato no órgão de detoxificação e também nos sistemas endócrino e reprodutivo de machos e fêmeas, enfocando na: (i) toxicidade aguda, (ii) parâmetros morfológicos e morfométricos, (iii) ultraestrutura dos compartimentos subcelulares, (iv) mecanismos de proliferação e morte celular, (v) genes e moléculas envolvidas nos processos de crescimento e reprodução, (vi) identificação de biomarcadores de exposição.

Nossas pesquisas estão vinculadas ao Programa de Pós-graduação em Biologia Celular e do Desenvolvimento e nossos resultados vêm sendo divulgados em eventos científicos, em trabalhos de pós-graduação, bem como em artigos científicos em revistas da área das ciências biológicas.